Botão-de-ouro, baianinha, margaridinha-baiana
Moro em plena mata atlântica. Apesar de São Paulo ter fama de cidade verticalizada e com uma densidade populacional enorme, sou um felizardo que escolheu um cantinho bucólico para viver.
Nesse agreste quase intocado (ainda), ando pelas trilhas descobrindo plantas pouco vistas nos jardins. Algumas invadem extensas áreas, cobrindo o solo, evitando a erosão ocasionada pelas chuvas. É o caso do botão-de-ouro que, de forma compacta, floresce sempre, inclusive nos espaços onde as árvores, com suas copas densas, sombreiam intensamente.
Não exige nada em especial, é imune às pragas e doenças e cortando de vez em quando suas pontas, para mantê-la baixinha, torna-se uma boa opção quando projetamos áreas onde os gramados desenvolvem mal. Além do mais, as forrações, feitas com essa espécie, mantém a umidade necessária do jardim, economizando água.
Para obter melhores resultados e lograr um belo efeito, é recomendável preparar o canteiro onde será cultivada, com uma camada de, pelo menos, cinco centímetros de composto orgânico misturado com a terra do local, acrescentando 2 kg de esterco curtido e 250 g de farinha de ossos por m². As mudas podem ser plantadas fazendo estacas-ponteiro sem raiz, de seis ou sete centímetros de comprimento, usando 25 unidades por m², isto é, plantando-as a cada 20 centímetros de modo triangular, para obter rapidamente uma densidade alta. Os primeiros quinze dias as mudinhas precisam de umidade constante até soltarem raízes, e as regas devem ser feitas na forma de orvalho suave, para não prejudicar a aderência delas no solo onde foram plantadas.
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Autor: Raul Cânovas