Uma árvore cheia de histórias, que começam a serem espalhadas quando Inglaterra a descobre na Índia e salva a indústria naval impotente de abastecer-se das madeiras habituais usadas para construir navios, como ulmeiro, carvalhos e abetos. Napoleão Bonaparte tinha isolado as fontes que abasteciam os armadores da Marinha Real que, de repente, encontram na teca um material muito superior por ser imune a insetos, imputrescível e, sobretudo, resistente a artilharia inimiga. Em 1805, os britânicos lançaram à água o primeiro navio de guerra totalmente construído com madeira de teca. Comandados pelo almirante Nelson, vencem a frota franco-espanhola em Trafalgar, apesar da inferioridade numérica, consolidando um predomínio marítimo até a metade do século XX. O Império Britânico, que teve um papel dominante durante quase dois séculos, deve à teca muito de tudo isto.
Sir Dietrich Brandis (1824 – 1907) professor de botânica e pai da silvicultura tropical assume em 1856 a Superintendência das Florestas de Teca, no leste da antiga Birmânia, criando métodos para a extração da madeira que supriria a coroa não apenas para a construção de navios mas, também, para os vagões ferroviários puxados pelas locomotivas inventadas por George Stephenson que, a partir de 1814, serviram a indústria mineradora e ao desenvolvimento do transporte por trens no mundo todo.
Hoje existem 3 milhões de hectares cultivados, divididos entre Índia, Burma, Indonésia, Togo, Camarões, Zaire, Nigéria, Trinidad, Honduras e Brasil, onde é cultivada há 80 anos. Os principais importadores são: Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Dinamarca, Emirados Árabes, EUA, Japão, Holanda, Itália e Reino Unido.
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