Hoje é o dia dos medos e das fantasias em cima das mais variadas superstições.
Muitos, mais muitos mesmo, nem ficam apreensivos com a data, no entanto, a grande maioria, por via das dúvidas, evita passar embaixo de escadas e fogem dos gatos pretos. Há os que padecem de triscaidecafobia, que é o sentimento de inquietação frente ao número treze, cada vez que ele aparece. Os edifícios americanos e canadenses, por exemplo, excluem o 13º andar no seu sistema de numeração por causa das superstições com esse número. Normalmente pulam do 12 ao 14 ou pode ser dado um outro nome ao 13º andar. O número não é mesmo bem visto nos edifícios aqui no Brasil. Já ouvi falar de gente que entrava no elevador e não encontrava o 13 no painel, passando do 12 para o 14. Até o “rei” Roberto Carlos, que lançou em São Paulo um prédio de alto luxo com 40 andares na Avenida Juscelino Kubitscheck, seis meses atrás, pensou eliminar esse andar, mas a Prefeitura negou o pedido. Claro que, às vezes, o cantor se vê obrigado a fazer shows nos dias 13, apesar dos receios.
Árvores que amedrontam
Mas, o que dizer de pessoas que têm pavor de plantas? É sim, os botanófagos sentem-se ameaçados na presença de árvores ou de qualquer vegetal, aliás, há um seleto grupo de crédulos que se assustam, especificamente, com as árvores porque padecem de dendrofobia. Vocês imaginaram alguém ficando estremecido ao ponto de tremer como uma “vara verde” (opa! vara verde não!) na frente de um ipê florido? Pois é, há crendices para tudo, inclusive pessoas que enxergam presságios nas próprias flores, não só dos ipês, mas de todas as flores. São aqueles que, segundo os psiquiatras, sofrem de antofobia, um medo mórbido que explode frente a um inocente botão a desabrochar.
Sim, não existe uma lógica formal para os que, ingenuamente, crêem em coisas contrárias à racionalidade. Deus nos livre de quebrar um espelho e ter que suportar sete anos de desgraça! As superstições estão baseadas em tradições folclóricas e são ligadas às mágicas, podendo ser conjuradas por intermédio de rituais, como rezas e uma série de outras curas. Obviamente que, para aqueles temerosos das influências da natureza, que incluem os que ficam apavorados com as florestas (os hilófobos), não há remédio natural que os auxilie ou proteja, qualquer ajuda proveniente da flora, seja homeopática ou fitoterápica, vai lhes causar mais temor ainda.
No meu caso, já fui acometido, anos atrás, de falacrofobia, um medo terrível de ficar careca. Felizmente estou curado… meu cabelo caiu!
Autor: Raul Cânovas