É hora de guardar os risos comprados
De tirar as máscaras e mostrar a verdadeira cara, sem brilhos ou adereços, e de perguntar de novo, repetindo Orlando Silva, "oh jardineira por que estás tão triste? Tu és muito mais bonita que a camélia que morreu…"
Sorri, jardineira, usa tua alegria verdadeira, tua calça jeans e teu boné. É o sol que te espera lá fora, depois da longa noite de folia. É a luz que não cintila, mas que te aquece e dá esperanças a teu jardim, num abre alas de borboletas, sem mestre sala e com uma rainha-margarida na bateria.
Vê tuas flores voltando, como naquela marchinha. Descobre uma helicônia desabrochada e proclama-a destaque da ingênua alegoria que, num vermelho de fogo, inflama-se de paixão por você.
Autor: Raul Cânovas