Ombu, ombú, umbú, bela-sombra
De crescimento rápido, alcançando seu porte definitivo em 15 ou 20 anos, é símbolo da cultura rio-grandense, uruguaia e argentina. Possui tronco grosso, esponjoso e sem lenha, ficando extremamente largo e dando origem a outros troncos no passar dos anos, tornando-o uma verdadeira curiosidade. Apesar da silhueta arbórea é considerada uma erva. Sua seiva tem odor desagradável e é tóxica inibindo insetos e outras pragas. O nome provem do guarani ombu, que significa sombra ou vulto e fornece abrigo do sol e das chuvas aos campeiros, os tropeiros e os carreteiros que fazem pouso sob sua proteção na região pampiana onde é também chamada de farol dos pampas. Lá, os caboclos dizem que quem dorme à sua sombra fica amparado do demônio. Prefere solos enxutos, podendo armazenar água em quantidade, recebida na época das chuvas. É resistente aos ventos, que não afetam seus ramos flexíveis, sendo impossível de erradicar, mesmo quando arrancadas as raízes, não se consegue eliminá-lo.
Muito antes do descobrimento os indígenas plantavam, junto aos túmulos um umbú. Acreditavam, que nessa árvore solitária habitavam espíritos e para conjurá-los era necessário atar-lhe pequenas pedras dentro de trapos velhos.
Seu uso no paisagismo é limitado e isto se explica pelo tamanho que restringe seu uso apenas a grandes áreas. Assim é aproveitada na Califórnia e em Portugal. Os aficionados ao bonsai tem em ele uma espécie fantástica, porque, além de crescer de pressa, adquire o aspecto de uma árvore anciã em pouco tempo.
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Autor: Raul Cânovas