Conheça um pouco mais da história do pinheiro, que ano após ano enfeita nossos lares e alegra o Natal.
Contam que entre os povos pagãos da Europa Central, França, Bélgica e Alemanha, especialmente, existia a crença de que um espírito vivia em cada velho carvalho, dentro da floresta.
Com a madeira dessas árvores e que era mantida acesa a chama sagrada dos sacerdotes druidas. Estes druidas não tinham templos, reuniam-se nos bosques e veneravam algumas plantas com poderes especiais que os ajudavam nas práticas adivinhatórias, na feitiçaria e na astrologia.
Quando São Vilfrido, que era um monge anglo-saxão lá pelo século VII, começou a pregar o Cristianismo nestes países da Europa Central, encontrou crenças pagãs muito arraigadas no povo e uma delas era a do espírito que morava nessas árvores. Para acabar com esta convicção religiosa ele resolveu cortar um velho carvalho que estava plantando em frente a sua pequena igreja.
Segundo contam, nesse instante, começou uma tempestade violentíssima e um raio cortou o tronco em quatro pedaços espalhando a copa e os galhos por todos os lados. O interessante foi que um pinheirinho, pequeno ainda, mas muito verde que tinha nascido a poucos metros do velho carvalho, não sofreu nada com o temporal. Para São Vilfrido este fato foi considerado um milagre e até uma espécie de mensagem do céu, pela qual a divina providencia dava sua proteção a infância e a inocência.
Naquela noite, no seu sermão, comentou o acontecido dizendo que o pinheirinho, que tinha sido poupado por Deus, simbolizava a árvore da paz e da pureza, é que por conservar-se sempre verde durante todo o ano, mesmo nos invernos de muita neve, ele era um símbolo de imortalidade.
Tempo depois, na pregação de Natal, São Vilfrido, relacionou este pinheiro sempre verde à imagem imortal do Menino Jesus. Então, foi a partir deste acontecimento, na Germânia, que começou a se difundir em todo o mundo cristão, o costume de se ter um pinheirinho enfeitado na noite de Natal.
Na Europa, nesta época, é um costume tradicional ir a um bosque e cortar um pinheiro para depois arrastá-lo pela neve, até chegar em casa e enfeitá-lo com bolas coloridas que irão simbolizar os frutos de nossas boas ações.
Autor: Raul Cânovas