azevinho, azevim, azevinheiro, pau-azevim, sombra-de-azevim
Está aqui uma planta tipicamente natalina na Europa e Estados Unidos, onde é usada para fazer coroinhas, colocadas nas portas das casas em dezembro. O costume é antigo e herdado dos celtas que transmitiram isto ao povos anglo-saxões e, também, dos povos nórdicos que a consagravam ao deus Baldur. Os druidas, sacerdotes celtas, cortavam com uma foice de ouro um ramo de azevinho, no solstício de inverno, por volta do dia 21 de dezembro, acreditando que, por suas folhas terem uma cor tão intensa mesmo no inicio do inverno, simbolizavam a vida eterna. Os romanos pré-cristãos o consideravam uma planta do deus Saturno cuja festividade do Sol Invictus era celebrada no dia 25 de dezembro; por este motivo, a planta ficou sempre profundamente associada ao Natal.
Atualmente é costume, no Hemisfério Norte, pendurar ramos desta planta nas portas e janelas. Segundo uma tradição, se duas pessoas se cruzam diante desse enfeite, devem beijar-se.
O azevinho, que tem um crescimento lento e pode viver mais de 100 anos, deve ser cultivado em regiões de invernos marcantes. É interessante lembrar que os paisagistas paulistas do século XIX o utilizavam bastante nos seus projetos. Atualmente existem híbridos, cultivados em Rio Grande do Sul, de porte baixo como: I. angustifolia, I. Ferox, I. cornuta e outros com folhas matizadas de amarelo ou cremes: I. aquifolium “argentea marginata”, I. aquifolium “aurea marginata”, I. aquifolium “Golden van Tol”, etc.
Autor: Raul Cânovas