No dia de hoje, 22 de abril, celebramos o Dia do Planeta Terra. Essa data é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância do planeta, a preservação do meio ambiente e a consciência ambiental. Neste texto, a ambientalista e Presidente da Fundação Gaia, Lara Lutzenberger fala um pouco mais sobre a origem da data, os principais desafios enfrentados atualmente e de que maneira podemos contribuir para melhorar esse cenário.
A origem da data
Os primeiros movimentos para que fosse instituída uma data sobre o tema aconteceram em 22 de abril de 1970. Nessa ocasião, o ativista ambiental e senador norte-americano Gaylord Nelson promoveu a primeira manifestação a favor da criação de uma agenda ambiental. O movimento teve grande adesão das universidades, escolas e comunidade. No entanto, apenas em 2009, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) definiu que o Dia da Terra seria comemorado em 22 de abril.
Quais são os principais desafios hoje?
Lara comenta que os desafios enfrentados atualmente são a poluição do ar e as mudanças climáticas. Como resposta a isso, a atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono, já que o CO2 atmosférico absorve e reemite radiação infravermelha, fazendo com que o ar, os solos e as águas dos oceanos se mantenham mais quentes. As mudanças nos padrões de ocorrência das chuvas, derretimento das camadas de gelo, aumento acelerado do nível do mar são apenas alguns exemplos que podemos observar.
O desmatamento é outro problema em potencial, já que florestas ricas em espécies estão sendo destruídas para abrir espaço para a criação de gado ou para monoculturas. As florestas tropicais costumavam cobrir cerca de 15% da área terrestre do planeta, porém, hoje em dia, elas cobrem apenas de 6% a 7%. A importância dessas florestas é atuar como reservas da biodiversidade, além de funcionar como reservatórios, que mantêm o carbono fora da atmosfera e dos oceanos.
Outro grave problema é a perda da biodiversidade. Muitas espécies de animais e vegetais entraram para a lista de extinção devido ao desmatamento, à contaminação do ar, do solo e dos corpos hídricos. Além disso, a realização de atividades produtivas agressivas ao meio ambiente, como a mineração, a caça e a pesca sem limites também representam um sinal de alerta ao nosso planeta.
A degradação do solo também é um fator que merece atenção, uma vez que a exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a compactação do solo, a exposição excessiva a poluentes tem danificado seriamente a terra a cada ano que passa.
O que podemos fazer para ajudar?
Para preservar o ambiente no qual vivemos, os órgãos responsáveis e as empresas privadas têm muitos desafios, mas que são possíveis a longo prazo com a substituição dos combustíveis fósseis por energia renovável. Além disso, outra solução é conservar o que resta das florestas naturais e recuperar as áreas degradadas, replantando espécies nativas. Proteger e recuperar habitats, é outra alternativa para frear a perda de biodiversidade. Por fim, implementar técnicas de conservação e restauração do solo, como plantio direto e rotação de culturas é uma ótima opção para manter os solos em boas condições.
Uma recomendação da ambientalista é que cada pessoa também faça a sua parte, evitando o uso de embalagens plásticas, tentando utilizar meios de transporte alternativos sempre que possível, plantando árvores, evitando o desperdício de alimentos, água e energia, entre muitas outras iniciativas.
* Este texto é uma cocriação do Jardim das Ideias STIHL com Lara Lutzenberger, ambientalista e Presidente da Fundação Gaia – Legado de José Lutzenberger.