Segunda Parte: Ibiscos, cercas-vivas, pompas funerárias, azaléias e plantas da amazônia que viraram moda no Rio.
O hibisco
O Hibiscus rosa-sinensis, que era chamado de graxa-de-estudante, já que suas pétalas davam brilho aos sapatos. Chegou à Europa procedente da China, em 1731, algumas décadas mais tarde, já era bastante comum seu uso nas cercas das residências do Rio de Janeiro.
Hibiscos.
As cercas-vivas
Também o cedrinho, que fora trazido pelos portugueses da região de Bussaco, foi utilizado durante o Império para delimitar as propriedades.
Cupressus sempervirens.
Pompas funerárias
Em 1850, tornou-se popular o uso do Tagetes patula, em grinaldas, coroas fúnebres e sepulturas, daí seu nome popular, cravo-de-defunto. Logo em seguida, a Cycas revoluta ou sagu, como também é conhecida, começou a ser plantada como peça central nos canteiros geométricos, porém, também, suas folhas eram usadas nas coroas fúnebres e nas ornamentações das igrejas.
Cycas revoluta.
Uma planta amazônica torna-se moda no Rio
O cultivador alemão, Adolfo Lietze, começa em 1865, a plantar no Rio de Janeiro, Caladium hortulanum, o tinhorão como foi apelidado pelos cariocas, tornou-se um objeto de desejo, e até 1935, quando a exportação dessa planta cessou, foram desenvolvidas mais de 500 variedades com as cores mais diversas.
Caladium hortulanum.
Azaléias
O Rhododendron simsii, a popular azáleia, foi levada das regiões do Himalaia e do Nepal pelo botânico Sir. Robert Dalton Hooker, em 1847; no final desse século, foi introduzida no Brasil, por João Dierberger, e mais tarde por volta de 1930, o patriarca da família Ishibashi, trouxe do Japão outras variedades que ainda podem ser vistas nos jardins dos bairros de Ipiranga, Jardim Europa e Jardim América.
Rhododendron simsii.
Da Austrália para o Brasil
No jornal “Correio Paulistano”, em 1874 a chácara do francês Joly, que ficava no Brás, publica um anúncio oferecendo mudas de Eucalyptus globulus, a partir desse momento, esta essência procedente da Austrália, é plantada por todo o Estado de São Paulo; Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também fazem encomendas e a Prefeitura de Belo Horizonte, começa utilizar eucalipto para a arborização da cidade.
Eucalyptus globulus.
Flores vermelhas
A década de 1890 é marcada, nos jardins, pela Salvia splendens (salvia-vermelha).
Salvia splendens.
Autor: Raul Cânovas