Aprender sempre

O paisagista que supera seus defeitos é aquele que instrui como se fosse fazer jardins eternamente e faz de cada um, o derradeiro.


No III CURSO EM IMERSÃO DE PAISAGISMO, realizado na última sexta-feira, não tentei passar grandes ensinamentos. Apenas tentei mostrar as respostas que todos tinham dentro de si mesmos. Sabia que não poderia revelar nada que já não estivesse no âmago de todos. Fiquei feliz por tentar transferir minhas experiências e deixar no ar a ideia de que deixamos de “ser” a partir do instante em que desistimos de aprender e que, essas experiências, não aconteceram comigo, mas foi o acontecido que transformei em experiências.

 

 

Durante o tempo todo, de modo implícito, procurei deixar claro que a humildade do jardineiro é necessária para tornar-se um mestre da paisagem. Um mestre que se movimenta sempre pelos caminhos da renovação e da criatividade percebendo, no entorno, o que sempre esteve lá, descobrindo o tamanho de sua própria ignorância em cada folha, em cada florada que amorosamente revelam seus mistérios.

Provoquei a curiosidade que todos os que inventam e cultivam paisagens verdes devem ter acesa, aprendendo a recomeçar, para nunca cair na rotina dos caminhos já trilhados e descobrindo que o conhecimento brota de uma fonte feliz que nunca seca. E, mesmo descuidando de tudo o que foi aprendido, algo terá germinado dentro de cada um.
Aos paisagistas que assistiram às aulas afirmo que, na nossa profissão, o dinheiro e o conhecimento são importantes. No entanto, só com a informação e o conhecimento poderemos obter os ganhos pretendidos.

Por último, a cada novo colega conhecido e aos que revi, agradeço pelo ganho imaterial, por tudo o que me enriqueceu descobrindo, mais uma vez, como é bom ter amigos que compartilham percepções, vocações e paixões, que nem o tempo e distancias poderão extinguir.

Obrigado!

Autor: Raul Cânovas
 

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