A partir de agora, em outubro, as plantas podem ser adubadas
Depois de estiagem prolongada e período de umidades relativas do ar muito baixas, o calor e as chuvas indicam que estamos em uma época favorável à absorção dos nutrientes. Árvores, arbustos e forrações precisam de adubação para um maior e melhor desenvolvimento.
É agora, na primavera, que as plantas aceleram o processo vegetativo. Vemos à simples vista que a folhagem adquire cores vivas e brilhantes, às vezes verde-claro, outras púrpura ou cor-de-rosa. E é exatamente esse o indicador de que, devido ao trabalho incessante de produção de folhas e de flores, elas estão famintas.
A primeira adubação foliar deve ser feita neste mês. Mais três ou quatro adubações devem ser feitas a cada 45 dias. É importante que a fórmula do fertilizante leve em conta, não apenas os macronutrientes (NPK, isto é: nitrogênio, fósforo e potássio), mas também, os micronutrientes (boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco). Fórmulas como 10-10-10 ou 4-14-8, apesar de benéficas em alguns aspectos, são incompletas e insuficientes.
Adubações orgânicas, com estercos, compostagem de lixo, bioestimulantes à base de pescados marinhos, extratos de algas marinhas, farinha de ossos, tortas de mamona ou algodão, bokashi (mistura de farelos naturais) e outros compostos são recomendáveis, quando aplicadas na projeção da copa e incorporadas ao solo mediante escarificação — conforme as raízes de cada espécie, ou também, dependendo de produto, pela pulverização foliar.
Então vamos lá, não é só de água que vivem suas plantas. Elas, igualmente, precisam de comida!
Autor: Raul Cânovas